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Artificial Intelligence in cybercrime: How the use of AI is reducing attack times and what companies need to do

A ascensão da inteligência artificial no cibercrime está transformando profundamente a forma como empresas operam, inovam e protegem seus dados, mas do outro lado da equação, criminosos também estão se beneficiando dessa evolução. Segundo um relatório recente da União Europeia, a IA está sendo usada para fortalecer o crime organizado, reduzindo drasticamente o tempo entre a invasão e o comprometimento de redes corporativas. Neste artigo, vamos explorar como a IA está sendo utilizada no cibercrime moderno, quais os principais riscos emergentes e, mais importante, como empresas podem empregar a mesma tecnologia para fortalecer suas defesas e garantir a continuidade do negócio. Inteligência artificial no cibercrime: ataques cada vez mais rápidos Ferramentas automatizadas e crimes em escala De acordo com o Europol (Agência da União Europeia para Cooperação Policial), a IA já está sendo utilizada para automatizar etapas essenciais de ataques cibernéticos. Ferramentas de phishing geradas por IA, deepfakes e ataques baseados em linguagem natural são apenas algumas das técnicas em expansão. A capacidade dessas ferramentas de aprender e se adaptar em tempo real torna a detecção e contenção muito mais desafiadora. Além disso, criminosos estão treinando modelos para reconhecer padrões de comportamento humano, o que permite simular ações legítimas dentro de sistemas corporativos. Isso dificulta a identificação por ferramentas tradicionais de segurança baseadas apenas em regras fixas ou listas de reputação. Essa é a realidade da inteligência artificial no cibercrime: mais acessível, rápida e imprevisível do que nunca. Democratização do cibercrime O portal Time destaca que essa automação reduz drasticamente o tempo e o conhecimento necessários para que cibercriminosos lancem ataques sofisticados. Já não é preciso ser um programador experiente: com ferramentas de IA generativa, criminosos podem criar códigos maliciosos, escrever e-mails altamente convincentes e construir scripts que exploram vulnerabilidades conhecidas. Essa democratização do crime digital amplia o número de atacantes em potencial. Esse fenômeno está sendo impulsionado por comunidades no submundo digital que compartilham algoritmos e ferramentas, criando um verdadeiro ecossistema de crime como serviço (CaaS). A barreira técnica de entrada caiu, e o tempo de ação também. Um ataque que antes exigia semanas de planejamento agora pode ser orquestrado em poucas horas. O impacto nas empresas: Riscos e desafios emergentes Velocidade e evasão Com a inteligência artificial potencializando o cibercrime, os ataques estão se tornando mais rápidos, precisos e difíceis de detectar. O risco não está apenas na invasão em si, mas na velocidade com que ela é executada e na sofisticação com que se disfarça. Um ataque que antes levava dias para se estruturar, agora pode ser lançado em minutos, com múltiplas camadas de disfarce e evasão. Além disso, a inteligência artificial permite a adaptação dinâmica do ataque durante sua execução. Isso significa que os cibercriminosos conseguem ajustar seus vetores de exploração em tempo real, contornando proteções tradicionais, desviando de firewalls e confundindo sistemas de detecção com simulações comportamentais humanas. Esse grau de evasão torna quase impossível depender apenas de sistemas estáticos ou defesas baseadas em assinaturas. Novas formas de engenharia social As técnicas de engenharia social também evoluíram com o uso da IA. Hoje, as empresas enfrentam uma dificuldade crescente em diferenciar comunicações legítimas de mensagens forjadas com precisão por modelos generativos. Um simples e-mail pode simular com perfeição o tom, a assinatura e até o contexto de interações internas, tornando-se praticamente indistinguível de uma mensagem real. Além disso, esses ataques têm a capacidade de mudar de comportamento em tempo real. A IA adapta as estratégias à medida que identifica obstáculos ou falhas na tentativa inicial, o que permite que o ataque continue se desdobrando sob novas formas, mesmo após tentativas de contenção. Outro ponto crítico é a velocidade. Scripts maliciosos impulsionados por IA conseguem explorar múltiplas vulnerabilidades simultaneamente em poucos segundos, o que exige um nível de atenção e resposta que vai além da capacidade humana ou de sistemas tradicionais. Modelos treinados com dados públicos e corporativos conseguem replicar padrões de fala, personalizar comunicações e até simular ligações telefônicas com vozes clonadas de executivos reais. O nível de persuasão dessas abordagens faz com que até colaboradores experientes cometam erros, acreditando estarem lidando com fontes legítimas. Segundo a TRM Labs, essa nova geração de ataques exige uma postura de defesa mais inteligente e responsiva, pois o tempo de resposta tornou-se um fator crítico. Em muitos casos, o impacto de um único erro pode comprometer uma infraestrutura inteira, tornando a prevenção e a educação contínua fatores indispensáveis. Como combater a inteligência artificial no cibercrime com IA defensiva Com o avanço do uso da inteligência artificial no cibercrime, não há mais espaço para defesas estáticas ou estratégias reativas. A verdadeira resposta exige o uso da mesma tecnologia — mas sob uma ótica estratégica, ética e preventiva. A IA aplicada à segurança da informação tem o poder de transformar o modo como organizações monitoram, detectam e reagem a ameaças digitais. A inteligência deixa de ser apenas um diferencial técnico e se torna um ativo tático, capaz de proteger a reputação, os ativos e a continuidade operacional de empresas expostas a riscos constantes. Monitoramento preditivo e resposta em tempo real Uma das principais vantagens do uso da IA na cibersegurança é a sua capacidade de identificar anomalias antes mesmo que elas se tornem uma ameaça real. Isso acontece por meio de análises comportamentais avançadas, onde o sistema aprende os padrões normais de funcionamento da infraestrutura digital e consegue sinalizar qualquer desvio — mesmo que ainda não tenha sido catalogado como uma ameaça conhecida. Além disso, a IA é capaz de processar milhões de eventos simultaneamente, cruzando dados de múltiplas fontes, endpoints e sistemas em tempo real. Isso cria uma visão ampla e integrada do ambiente digital da organização, algo essencial em ecossistemas cada vez mais distribuídos e conectados. Em cenários críticos, a resposta automatizada da IA pode ser acionada em segundos, isolando máquinas, bloqueando acessos e neutralizando a propagação de códigos maliciosos — muitas vezes antes mesmo de o time de segurança perceber a intrusão. Segundo a Biometric Update, sistemas baseados em IA já conseguem reduzir em até 80%

PIX leaks: How identity protection can prevent fraud and financial risks
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PIX leaks: How identity protection can prevent fraud and financial risks

Em março de 2025, o Brasil registrou o primeiro vazamento de dados do ano envolvendo o sistema de pagamentos PIX. O incidente, confirmado pelo Banco Central, afetou 25.349 chaves vinculadas a uma instituição financeira autorizada a operar pelo Banco Central. Embora não tenham sido expostas senhas ou detalhes de transações, os dados vazados incluíam nome, CPF mascarado, instituição financeira, agência e tipo de conta. O que parece pouco à primeira vista é, na prática, uma mina de ouro para os fraudadores. Esses dados são suficientes para aplicar golpes de engenharia social, simular atendimentos bancários falsos e enganar vítimas por telefone ou e-mail. Mais do que um evento isolado, esse vazamento simboliza uma mudança no jogo da segurança financeira: os ataques não estão mais focados apenas em sistemas, mas nas identidades. A escala do problema: o Brasil no epicentro das fraudes digitais O vazamento ocorrido em março de 2025 reforça uma tendência alarmante: o Brasil ocupa uma posição de destaque no mapa global das ameaças cibernéticas. Esse não é um caso isolado. O Brasil tem se consolidado como um dos países mais afetados por crimes cibernéticos. De acordo com dados recentes da Surfshark, o país liderou em contas violadas na América Latina em 2024, com 84,6 milhões de contas comprometidas — um salto de 2.400% em relação ao ano anterior. Essa realidade se agrava com o sucesso do PIX. Em 2024, o sistema movimentou R$ 26,4 trilhões, se consolidando como o principal meio de pagamento do país. O crescimento da plataforma, embora positivo para a economia, tornou o ambiente ainda mais atraente para cibercriminosos. Diante dessa nova paisagem, cresce a necessidade de uma abordagem mais estratégica, onde a proteção de dados e identidade ganha papel central. A nova fronteira da cibersegurança: identidades e acessos Identidade é o novo perímetro À medida que as organizações se tornam mais conectadas, distribuídas e expostas a novos modelos de operação, o conceito de perímetro de segurança se transforma. Essa mudança no cenário da segurança digital mostra que não basta mais proteger sistemas: é preciso proteger as pessoas e suas credenciais. Em uma era de ambientes distribuídos, home office, cloud computing e sistemas interconectados como o PIX, a identidade se tornou o novo perímetro. A chave: governança de identidades e acessos Para proteger as identidades, é essencial adotar uma abordagem estruturada de governança. A governança de identidade consiste em práticas e tecnologias que garantem que apenas as pessoas certas tenham acesso aos recursos certos, no momento certo. Ela automatiza concessões e revogações de acesso, detecta comportamentos suspeitos e reforça a conformidade com legislações como LGPD, SOX e ISO. Essa mudança de mentalidade exige que empresas abandonem abordagens pontuais e adotem soluções robustas, que vão da estratégia à execução. Por que o PIX amplia o risco? Embora o PIX seja uma tecnologia robusta e bem-sucedida, seu crescimento exponencial e integração com diversos sistemas bancários e aplicativos digitais trouxe à tona novos pontos de atenção. O recente vazamento de dados associado ao sistema ilustra como qualquer brecha, por menor que seja, pode ser explorada por agentes mal-intencionados. Mas o real problema não está no PIX em si, e sim na forma como as empresas lidam com a segurança de dados e acessos. A ausência de governança de identidade, controles inadequados sobre quem acessa o quê e a falta de visibilidade sobre permissões e integrações são os verdadeiros gatilhos para ataques e fraudes. Esse tipo de incidente não se limita ao PIX: é um sintoma de uma falha estrutural na segurança digital de muitas organizações. Sistemas de pagamento, plataformas de e-commerce, aplicações em nuvem e até áreas internas de RH e financeiro são alvos potenciais quando identidades estão desprotegidas. O ponto de atenção aqui é claro: os dados de identidade são o novo campo de batalha da segurança cibernética. E, para vencê-lo, é preciso mudar a abordagem, da reação para a prevenção, do perímetro para a identidade. Fraudes mais comuns após vazamentos de dados Não é à toa que o número de fraudes cresce após vazamentos. Quando dados pessoais e financeiros caem nas mãos erradas, eles se tornam matéria-prima para ataques altamente direcionados. Golpistas usam essas informações para aplicar engenharia social em níveis cada vez mais sofisticados, criando armadilhas quase imperceptíveis para o usuário comum. Um dos golpes mais recorrentes é o phishing personalizado, que simula comunicações oficiais e utiliza dados reais para induzir o erro da vítima. Outra técnica frequente é o SIM swap, que consiste na clonagem do chip do celular para interceptar códigos de autenticação e tomar o controle de contas digitais. Golpes via aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, também são comuns — muitas vezes simulando atendimentos de bancos ou centrais de suporte. Além disso, criminosos têm explorado cobranças via PIX com extrema criatividade, gerando boletos ou QR Codes falsos para enganar usuários desavisados. A combinação entre dados vazados e rapidez das transações torna a fraude quase invisível, especialmente sem um sistema de governança que controle e monitore acessos. O elo entre dados expostos e prejuízos financeiros está cada vez mais curto — e mais perigoso. Como a SailPoint ajuda a prevenir vazamentos e fraudes financeiras Em um ambiente onde a velocidade dos ataques cibernéticos rivaliza com a agilidade dos próprios sistemas de pagamento, confiar apenas em métodos tradicionais de defesa é uma aposta arriscada. O que as empresas precisam é de uma solução que antecipe ameaças, automatize processos críticos e ofereça visibilidade total sobre as identidades que operam dentro da organização. Com esse novo cenário, soluções tradicionais não bastam. É preciso inteligência e automação para prever riscos e agir antes do dano acontecer. É exatamente isso que a plataforma SailPoint entrega. Funcionalidades críticas para o contexto PIX e financeiro A SailPoint automatiza o ciclo de vida das identidades digitais. Com ela, cada novo usuário recebe exatamente os acessos de que precisa — nada a mais, nada a menos. Essa granularidade reduz drasticamente as chances de acessos indevidos ou negligenciados. Além disso, a auditoria em tempo real permite rastrear tudo o que acontece, enquanto

Ransomware in 2025: Why apparent security is exposing large companies
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Ransomware in 2025: Why apparent security is exposing large companies

Em fevereiro de 2025, o Brasil registrou um recorde histórico: mais de 960 ataques de ransomware em um único mês, segundo relatório da SonicWall. O número impressiona, mas o que mais chama atenção é o perfil das vítimas. Grandes empresas, com tecnologias avançadas e times internos robustos de TI, estão entre os principais alvos.  Esse cenário escancara um paradoxo preocupante: porque organizações altamente estruturadas continuam sendo vulneráveis a sequestros digitais? Neste artigo analisamos essa nova realidade e mostramos por que a aparência de segurança pode ser mais perigosa do que a própria exposição. O crescimento do ransomware: Uma epidemia silenciosa Nos últimos anos, o ransomware deixou de ser uma ameaça pontual para se tornar uma epidemia digital. O aumento de 126% no volume global de ataques nos primeiros meses de 2025, conforme apontado pela SonicWall e divulgado pelo TecMundo, revela uma tendência clara: o crime cibernético está mais organizado, sofisticado e agressivo. No Brasil, que figura entre os países mais afetados, grandes corporações têm sido alvos recorrentes, com ataques que paralisam operações inteiras, sequestram dados críticos e geram perdas milionárias. A profissionalização dos grupos criminosos e o uso de ransomware como serviço (RaaS) ampliaram o alcance e a frequência das ofensivas, tornando cada empresa um possível alvo em potencial. Ransomware como serviço (RaaS): o modelo que democratizou o cibercrime Uma das principais razões para o crescimento acelerado do ransomware em 2025 é o modelo conhecido como Ransomware as a Service (RaaS). Plataformas criminosas passaram a oferecer kits completos para lançamento de ataques, com interfaces amigáveis, suporte técnico, atualizações constantes e até programas de afiliação. Isso permitiu que indivíduos com pouco ou nenhum conhecimento técnico se tornassem operadores de ransomware em questão de horas. Segundo dados da Digital Recovery, cerca de 60% dos ataques de ransomware registrados em 2025 têm origem em estruturas de RaaS, tornando essa modalidade o principal vetor da nova onda de sequestros digitais. Os grupos mais perigosos em atividade global Entre os grupos mais ativos e temidos do ano estão LockBit 3.0, BlackCat (ALPHV) e Cl0p. O LockBit sozinho foi responsável por mais de 1.400 ataques somente no primeiro trimestre de 2025, conforme relatório do BuiltIn. Operando com táticas empresariais, esses grupos oferecem suporte técnico às vítimas, canais de negociação via chat, cronômetros de vazamento e estratégias de dupla extorsão. Ao mesmo tempo em que criptografam dados e paralisam os sistemas, ameaçam expor as informações em fóruns públicos — dobrando o impacto do ataque. América Latina no radar do cibercrime O relatório da SonicWall, repercutido pelo IT Forum, indica que a América Latina registrou o maior crescimento proporcional de ataques de ransomware em 2025. O Brasil se destacou negativamente, com mais de 4.000 ataques acumulados apenas no primeiro trimestre. Fatores como infraestrutura digital heterogênea, legislações em evolução e baixa maturidade em governança de segurança tornam a região altamente vulnerável. O foco de atuação dos grupos criminosos tem migrado de países da Europa para mercados latino-americanos, onde a taxa de sucesso e o valor dos resgates têm se mostrado mais atrativos. Vetores de entrada: Onde está o verdadeiro risco? A engenharia dos ataques segue padrões já conhecidos, mas que continuam incrivelmente eficazes. O que mudou em 2025 foi a sofisticação na execução, o uso de automação e a capacidade dos criminosos de orquestrar múltiplas técnicas em cadeia. Os vetores de entrada, antes tratados como pontos isolados, hoje fazem parte de estratégias integradas, que combinam engenharia social, exploração técnica e persistência avançada. A falsa sensação de segurança, alimentada por uma infraestrutura aparentemente sob controle, segue sendo o principal ponto cego de muitas empresas. Phishing evoluído: a manipulação invisível Em 2025, o phishing segue como o vetor de ataque número um. Mas o que mudou foi sua complexidade. Segundo o relatório da IBCybersecurity, ataques de phishing agora utilizam técnicas de inteligência artificial generativa para criar e-mails altamente personalizados, simulando comunicações internas com perfeição. Há casos em que o criminoso utiliza dados de redes sociais e vazamentos anteriores para replicar padrões de escrita e assinaturas de executivos reais. A engenharia social deixou de ser “simples enganação” — ela virou manipulação cognitiva sofisticada. Exploração de vulnerabilidades conhecidas (mas ignoradas) Falhas em softwares desatualizados e sistemas sem patch continuam abrindo portas silenciosas para invasores. Muitas dessas vulnerabilidades já têm CVEs catalogadas há meses, mas seguem sem correção por falta de processos internos, priorização equivocada ou incompatibilidades entre sistemas. Em especial, o aumento de integrações com SaaS e plataformas legadas cria pontes frágeis de segurança. A SonicWall apontou que mais de 40% dos ataques registrados em 2025 exploraram brechas conhecidas e não corrigidas — o que demonstra um problema estrutural, não tecnológico. Ataques via RDP e credenciais comprometidas O Remote Desktop Protocol (RDP) continua sendo uma porta de entrada favorita dos atacantes, especialmente em empresas com ambientes híbridos ou políticas de acesso remoto mal estruturadas. Muitas vezes, acessos RDP ficam expostos na internet pública ou protegidos por senhas fracas. Além disso, vazamentos de credenciais em repositórios públicos (como leaks de fóruns ou bancos de dados vendidos no dark web) alimentam ataques de credential stuffing — onde robôs testam automaticamente combinações de login e senha em larga escala. Em 2025, esse tipo de ataque cresceu 38% em relação ao ano anterior, segundo o relatório da Digital Recovery. O fator humano ainda é o elo mais frágil Mesmo com firewalls, EDRs e autenticação multifator, o fator humano segue como vetor crítico. Cargas de trabalho elevadas, distração, pressa e falta de treinamento criam um ambiente onde o erro humano se torna inevitável. Ataques bem-sucedidos geralmente envolvem a colaboração (involuntária) de um funcionário. Seja clicando em um link, compartilhando um arquivo ou ignorando um alerta de sistema, o usuário final ainda é o elo mais explorado pelos cibercriminosos. Empresas que não treinam continuamente sua equipe estão, na prática, investindo em blindagem com a porta destrancada. Os impactos estratégicos para empresas de grande porte O impacto do ransomware em grandes corporações vai muito além da questão técnica. Em 2025, a natureza dos ataques se tornou mais destrutiva, e

The evolution of malware: How companies should prepare against the new generation of attacks
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The evolution of malware: How companies should prepare against the new generation of attacks

O cenário de ameaças digitais evoluiu rapidamente nos últimos anos, e os malwares estão no centro dessa transformação. Eles deixaram de ser simples arquivos maliciosos para se tornarem ferramentas altamente sofisticadas, muitas vezes controladas por redes de cibercriminosos organizados. De acordo com o Threat Intelligence Report da Check Point Research (março de 2025), a distribuição de malwares por plataformas legítimas cresceu 48%, revelando como os atacantes estão se aproveitando da confiança em serviços amplamente utilizados para ampliar seu alcance. Além disso, o crescimento no número de dispositivos conectados e a digitalização acelerada dos processos empresariais ampliaram a superfície de ataque. Empresas de todos os portes, especialmente aquelas com ambientes distribuídos e infraestrutura híbrida, enfrentam o desafio de proteger seus endpoints contra ameaças que muitas vezes passam despercebidas pelas ferramentas tradicionais. O aumento de 300% na detecção de malwares em endpoints no terceiro trimestre de 2024, conforme dados do IT Security, é um indicativo claro dessa nova realidade. Neste artigo, vamos explorar como os malwares estão se transformando, por que os modelos convencionais de proteção estão se tornando obsoletos e de que forma soluções como o CrowdStrike Falcon Complete têm se consolidado como aliadas indispensáveis para garantir a segurança digital em tempo real. O que está por trás dessa nova geração de malwares? A nova geração de malwares representa um salto qualitativo nas técnicas e objetivos dos cibercriminosos. Ao contrário das versões mais simples e previsíveis do passado, os malwares atuais operam com precisão cirúrgica, muitas vezes passando despercebidos por sistemas de defesa tradicionais. Eles não apenas exploram vulnerabilidades técnicas, mas também comportamentais, tornando o fator humano uma das maiores portas de entrada para ataques. Automatização e inteligência artificial a serviço do cibercrime O uso de inteligência artificial não é mais exclusividade das empresas. De acordo com um relatório da União Europeia citado pelo CISO Advisor, grupos cibercriminosos estão aplicando IA para acelerar e automatizar cada etapa de seus ataques, desde a criação de malwares até a escolha dos alvos. O resultado é uma redução de até 50% no tempo necessário para comprometer contas corporativas, permitindo uma escala de ataques antes impossível. Disfarce em plataformas legítimas Uma das estratégias mais eficazes da nova onda de malwares é o uso de plataformas confiáveis como vetor de ataque. Ferramentas amplamente utilizadas como Google Drive, Discord e Dropbox têm sido manipuladas para abrigar arquivos maliciosos, dificultando a identificação por sistemas de proteção convencionais. Segundo análise da Check Point Research, o uso dessas plataformas cresceu quase 50% em 2024, refletindo uma mudança preocupante no comportamento do cibercrime. Phishing mais preciso e contextualizado A evolução dos malwares também passa pela sofisticação das campanhas de phishing. Mensagens maliciosas agora utilizam dados públicos e vazamentos anteriores para criar abordagens altamente personalizadas, simulando comunicações internas da empresa ou até replicando interfaces de sistemas corporativos. Essa capacidade de enganar usuários com tamanha precisão eleva drasticamente os riscos, especialmente em ambientes onde a educação em cibersegurança não acompanha a velocidade das ameaças. Esses fatores explicam por que os malwares atuais exigem muito mais do que soluções convencionais de proteção. Eles desafiam não só a tecnologia, mas também a cultura organizacional de segurança. Por isso, nos próximos tópicos, vamos explorar como as empresas podem se preparar estrategicamente para enfrentar essa nova realidade com proteção de ponta e resposta em tempo real. Exemplos recentes que reforçam a gravidade da situação A nova geração de malwares não está apenas crescendo em volume, mas também em sofisticação. Os ataques de 2025 mostram que as organizações não podem mais depender de defesas tradicionais, os criminosos estão explorando novas superfícies, se infiltrando por canais legítimos e encurtando o tempo entre a invasão e o impacto real. Casos recentes deixam claro o quanto o cenário evoluiu e os riscos aumentaram. DeepSeek AI: vulnerabilidades não corrigidas e dados sensíveis expostos No início de março de 2025, a startup chinesa DeepSeek AI, conhecida pelo avanço em inteligência artificial, teve mais de 1 milhão de registros vazados. A violação foi causada por um malware que explorou uma falha conhecida, mas que não havia sido corrigida a tempo. Segundo o Let’s Defend, o ataque não exigiu técnicas complexas, apenas a combinação entre uma vulnerabilidade pública e a ausência de monitoramento avançado foi suficiente para permitir a invasão e o vazamento. O caso expôs não apenas dados sensíveis, mas também a fragilidade de empresas que não contam com estratégias modernas de detecção e resposta. Malwares em “tráfego legítimo”: o novo disfarce do cibercrime Plataformas como Google Drive, Dropbox e até serviços de mensagens corporativas estão sendo usadas como veículos para disseminação de malwares. Conforme apontado pela CISO Advisor, o cibercrime está adotando táticas cada vez mais difíceis de identificar, escondendo malwares dentro de arquivos aparentemente inofensivos, distribuídos por canais considerados confiáveis. Isso torna as defesas tradicionais, como antivírus baseados em assinatura, ineficazes, e exige um novo modelo de detecção que vá além da simples análise estática de arquivos. O Brasil no topo dos alvos de ransomware De acordo com o TecMundo, fevereiro de 2025 registrou o maior número de vítimas de ransomware em um único mês no Brasil, colocando o país entre os mais afetados globalmente. O que chama atenção é que muitas das empresas atingidas já possuíam soluções de segurança convencionais. O problema é que essas soluções não eram capazes de detectar comportamentos anômalos em tempo real nem de isolar os ataques antes que causassem danos. Com demandas de resgate em criptomoedas e sequestro de backups, os prejuízos ultrapassaram a casa dos milhões, além do impacto reputacional. Por que os antivírus tradicionais não são mais suficientes? Os antivírus convencionais operam com base em assinaturas, o que significa que só conseguem detectar malwares que já foram identificados anteriormente. Essa abordagem torna-se ineficaz diante de ameaças que se modificam constantemente ou que atuam sem utilizar arquivos, os chamados ataques fileless. De acordo com relatório da CrowdStrike, cerca de 71% das violações atuais envolvem esse tipo de ameaça, que não depende de arquivos executáveis, dificultando a detecção. Além disso, a velocidade com que novas

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Infostealers and data leaks: How companies are being exposed to attacks and how to mitigate the risks

Os ataques cibernéticos estão cada vez mais sofisticados e perigosos. Infostealers, um tipo de malware projetado para roubar credenciais e informações sensíveis, já infectaram mais de 30 milhões de dispositivos nos últimos anos, segundo um levantamento da Hudson Rock. Esses ataques resultaram em vazamentos massivos de dados corporativos, facilitando invasões, fraudes financeiras e comprometimentos de sistemas críticos. A governança de identidade e controle de acessos se tornou uma necessidade urgente para empresas que desejam se proteger contra essas ameaças. Mas como esses ataques acontecem? E como as empresas podem se proteger de forma eficaz? Vamos explorar tudo isso agora. A evolução dos infostealers e seu impacto nas empresas De ameaças simples a ataques sofisticados Os infostealers surgiram como malwares simples, projetados para roubar senhas, tokens de autenticação, cookies e dados financeiros. Diferente dos ransomwares, que bloqueiam sistemas e exigem resgates, esses malwares operam silenciosamente, capturando credenciais e vendendo-as na dark web ou utilizando-as em ataques direcionados. Segundo um relatório da Lumu Technologies (2024), a inteligência artificial generativa permitirá que criminosos refinem suas técnicas antes que as empresas consigam reagir, tornando os infostealers ainda mais letais. Já um estudo da Kela, “The State of Cybercrime 2024”, revelou que mais de 330 milhões de credenciais foram expostas por infostealers, comprometendo pelo menos 4,3 milhões de dispositivos globalmente. Esse crescimento consolidou esses malwares como uma das ferramentas favoritas dos cibercriminosos. O impacto dos Infostealers na segurança corporativa Com a evolução dessas ameaças, os infostealers passaram a operar sob o modelo Malware as a Service (MaaS), permitindo que qualquer criminoso adquira um infostealer pronto para uso, sem precisar de conhecimento técnico. Isso ampliou drasticamente o alcance dos ataques, tornando-os mais acessíveis e frequentes. Além disso, os infostealers modernos não se limitam a roubar senhas armazenadas em navegadores. Muitos capturam tokens de autenticação e cookies de sessão, permitindo que criminosos acessem contas mesmo após a troca de senhas. Isso reduz a eficácia de medidas tradicionais de segurança. Outro fator preocupante é a automação dos ataques. Hackers utilizam inteligência artificial para testar credenciais vazadas em centenas de serviços simultaneamente (credential stuffing), aumentando a taxa de sucesso das invasões. Especialistas apontam que os infostealers já são responsáveis por grande parte dos ataques que resultam em ransomwares e outras violações críticas. A necessidade de uma abordagem avançada de segurança Diante desse cenário, confiar apenas em antivírus e firewalls não é mais suficiente. Empresas precisam adotar estratégias avançadas de governança de identidade e controle contínuo de acessos, garantindo que credenciais comprometidas não se tornem uma porta de entrada para ataques devastadores. Estatísticas alarmantes: O risco crescente dos infostealers Os ataques com infostealers cresceram exponencialmente, comprometendo milhões de dispositivos e tornando-se um dos maiores riscos à segurança digital. Um estudo da Hudson Rock revelou que mais de 30 milhões de dispositivos foram infectados, atingindo até sistemas de grandes organizações como Pentágono, FBI e Lockheed Martin. Além disso, a Kela apontou que mais de 330 milhões de credenciais vazaram nos últimos anos, afetando milhões de empresas e usuários. No setor financeiro, a Kaspersky identificou que, entre 2023 e 2024, 2,3 milhões de cartões bancários foram vendidos na dark web após infecções por infostealers, expondo consumidores e instituições a fraudes milionárias. O Brasil é um dos países mais afetados da América Latina, representando 19% das infecções da região, segundo um estudo da Security Leaders. O setor público também sofre com esses ataques: um levantamento da Veja revelou que, nos últimos cinco anos, o governo federal registrou 58 mil incidentes cibernéticos, incluindo 9 mil vazamentos de dados. Esses números deixam claro que a governança de identidade e o controle rigoroso de acessos são urgentes. Sem automação e monitoramento contínuo, empresas e governos permanecerão vulneráveis a ataques cada vez mais sofisticados. Casos reais: O preço dos vazamentos de credenciais Os infostealers já causaram algumas das maiores violações de dados dos últimos anos, afetando tanto empresas privadas quanto instituições governamentais. Em 2024, a Snowflake foi alvo de um ataque onde criminosos usaram credenciais vazadas para acessar dados de empresas como Ticketmaster e Banco Santander, impactando milhões de usuários. No setor financeiro, o Banco Santander também sofreu um vazamento significativo ao ter um banco de dados comprometido, expondo clientes na Espanha, Chile e Uruguai. Já no setor público, um levantamento revelou que, nos últimos cinco anos, o governo brasileiro registrou 58 mil incidentes cibernéticos, evidenciando que a falta de controle sobre credenciais expõe até instituições altamente protegidas. Esses casos mostram que credenciais comprometidas são um dos maiores riscos cibernéticos atuais. Empresas que não adotam políticas rigorosas de controle de acessos e monitoramento contínuo ficam vulneráveis a ataques que podem gerar prejuízos financeiros, danos à reputação e sanções regulatórias severas. Com leis como LGPD, GDPR e CCPA, a governança de identidade e a automação na gestão de acessos deixaram de ser apenas uma recomendação – são uma necessidade para evitar novos vazamentos e fortalecer a segurança digital. Como proteger sua empresa contra infostealers e vazamentos de dados? Com o crescimento das ameaças cibernéticas, empresas precisam de estratégias eficazes para impedir que credenciais comprometidas sejam exploradas por criminosos. Apenas antivírus e firewalls não são mais suficientes. É essencial adotar controle rigoroso de acessos, monitoramento contínuo e políticas robustas de governança de identidade. Monitoramento contínuo e controle de credenciais Uma das melhores formas de prevenir ataques é identificar precocemente credenciais vazadas. Muitas empresas só descobrem que foram comprometidas quando já é tarde demais. Para evitar esse cenário, é fundamental utilizar ferramentas que monitoram a dark web, soluções de gestão de identidade para detectar acessos suspeitos e auditorias regulares para garantir que usuários tenham apenas as permissões necessárias. Autenticação e gerenciamento inteligente de acessos O uso exclusivo de senhas já não protege contra ataques. Infostealers capturam credenciais e tokens de autenticação, tornando essencial a adoção de múltiplas camadas de segurança. Empresas devem investir em autenticação multifator (MFA) avançada, implementar políticas de Zero Trust para validar acessos continuamente e reforçar o controle sobre contas privilegiadas, reduzindo riscos de acessos indevidos. Automação e resposta rápida a incidentes Os ataques baseados em

Critical security breaches: How they arise and how companies should respond
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Critical security breaches: How they arise and how companies should respond

As falhas de segurança críticas representam uma ameaça para empresas de todos os setores. Muitas organizações só percebem que estavam vulneráveis quando já é tarde demais, enfrentando violações de dados, prejuízos financeiros e danos à reputação. Em fevereiro de 2025, a CISA (Cybersecurity and Infrastructure Security Agency) emitiu um alerta global sobre vulnerabilidades críticas que estavam sendo ativamente exploradas, reforçando a necessidade de uma abordagem mais proativa na gestão de riscos digitais. Esse cenário levanta uma questão essencial: como as empresas podem identificar e corrigir falhas críticas antes que elas sejam exploradas por cibercriminosos? O que são falhas de segurança críticas e como elas surgem? Falhas de segurança críticas são vulnerabilidades graves que, quando exploradas, podem comprometer a integridade, a confidencialidade e a disponibilidade de sistemas corporativos. Elas representam riscos elevados, pois permitem que cibercriminosos obtenham acesso não autorizado, executem códigos maliciosos ou interrompam operações essenciais. As empresas lidam com um cenário dinâmico de ameaças, onde novas vulnerabilidades são descobertas diariamente. Segundo a CVE Details, foram relatadas 26.447 vulnerabilidades em 2023, sendo que uma parcela significativa continua sem correção por meses ou anos. Isso expõe as organizações a ataques como ransomware e espionagem digital. A seguir, exploramos as principais formas como essas falhas surgem e por que elas continuam sendo um grande desafio para a segurança corporativa. Falhas no desenvolvimento de software e código vulnerável Uma das principais origens das vulnerabilidades críticas está no desenvolvimento de software. Erros cometidos durante a criação de sistemas podem abrir brechas que são exploradas por cibercriminosos. Problemas como injeção de SQL, buffer overflow e execução remota de código são frequentemente detectados em aplicações web e plataformas corporativas. Um dos exemplos mais notórios desse problema foi a vulnerabilidade Log4Shell, descoberta em 2021. Mesmo em 2024, 12% das aplicações Java ainda usam versões vulneráveis, evidenciando como falhas críticas podem permanecer abertas por anos. A falta de um ciclo de desenvolvimento seguro (Secure SDLC) e testes automatizados de segurança, como SAST (testes estáticos de código) e DAST (testes dinâmicos), agrava o problema. Configuração inadequada de sistemas e infraestruturas A segurança de uma empresa não depende apenas do código dos sistemas, mas também da forma como eles são configurados. Erros de configuração podem expor dados sensíveis e criar brechas de segurança graves. Entre os problemas mais comuns estão: Segundo a IBM Security, 80% das violações de dados ocorrem devido a configurações incorretas, permitindo que atacantes explorem essas brechas sem necessidade de técnicas avançadas. Falta de atualizações e aplicação de patches A correção de vulnerabilidades é uma das práticas mais essenciais para a segurança cibernética, mas muitas empresas falham nesse processo. O atraso na aplicação de patches de segurança pode deixar sistemas expostos por longos períodos, tornando-os alvos fáceis para ataques. De acordo com um relatório da Tenable, 70% das empresas levam mais de 60 dias para aplicar patches críticos, permitindo que invasores aproveitem essas brechas antes que sejam corrigidas. Casos como a vulnerabilidade EternalBlue, explorada pelo ransomware WannaCry em 2017, mostram como a falta de atualização pode ser catastrófica. Mesmo com um patch disponível, milhares de empresas não aplicaram a correção a tempo, resultando em uma onda de ataques que afetou mais de 200 mil máquinas em 150 países. Uso de software obsoleto e sistemas sem suporte Outro grande problema enfrentado pelas empresas é a dependência de sistemas antigos, que não recebem mais atualizações de segurança. Softwares obsoletos representam um risco significativo, pois qualquer nova vulnerabilidade descoberta não será corrigida pelo fabricante. Esse problema é especialmente grave em setores que utilizam sistemas legados, como bancos, hospitais e indústrias. Manter sistemas sem suporte é um convite para ataques, pois os cibercriminosos conhecem suas fraquezas e exploram essas brechas sem dificuldades. Um exemplo recente ocorreu com empresas que ainda utilizavam Windows Server 2012 e Windows 7, ambos descontinuados pela Microsoft. Sem atualizações de segurança, essas plataformas tornaram-se alvos fáceis para invasores que exploraram vulnerabilidades conhecidas há anos. Integração de terceiros e dependências vulneráveis Com a crescente adoção de softwares como serviço (SaaS) e infraestrutura em nuvem, muitas empresas dependem de soluções externas para operar. Essa interconectividade pode introduzir novos riscos, pois vulnerabilidades em fornecedores terceirizados podem impactar toda a cadeia de segurança. A falta de uma avaliação criteriosa sobre os riscos de integração pode levar à exposição de dados críticos. Ataques recentes mostram como cibercriminosos estão explorando vulnerabilidades em APIs e serviços de terceiros para acessar informações sensíveis de empresas que acreditavam estar protegidas. Além disso, bibliotecas e frameworks amplamente utilizados podem conter falhas críticas que afetam milhares de organizações simultaneamente. A vulnerabilidade Log4Shell, mencionada anteriormente, demonstrou como uma simples falha em uma biblioteca popular pode gerar impacto global. Engenharia social e exploração de credenciais Embora muitas falhas críticas sejam técnicas, um dos vetores de ataque mais comuns continua sendo a manipulação humana. Cibercriminosos utilizam técnicas de engenharia social para enganar funcionários e obter acesso a sistemas críticos. Ataques de phishing, deepfake e roubo de credenciais permitem que hackers ultrapassem barreiras de segurança sem precisar explorar falhas técnicas complexas. Segundo a Verizon Data Breach Investigations Report de 2024, mais de 60% das violações de dados envolvem credenciais roubadas ou comprometidas. Essa realidade reforça a necessidade de práticas como autenticação multifator (MFA), restrição de acessos privilegiados e treinamentos contínuos de segurança para funcionários. Os principais erros das empresas na correção de vulnerabilidades Apesar de as falhas críticas representarem um grande risco, muitas empresas falham na sua correção, seja por processos ineficientes ou por escolhas erradas na priorização das vulnerabilidades. Um erro comum é a priorização baseada exclusivamente na criticidade das falhas, muitas vezes utilizando apenas a pontuação CVSS como critério. Embora essa métrica seja importante, ela não leva em consideração o contexto real da empresa. Uma vulnerabilidade pode ter um score alto no CVSS, mas ser pouco explorável no ambiente específico, enquanto outra, com pontuação menor, pode representar um risco muito maior dependendo da infraestrutura e exposição do sistema. Outro problema recorrente está na falta de automação no gerenciamento de vulnerabilidades. Muitas organizações ainda dependem de processos manuais para identificar,

The invisible flaw: How companies fail to prioritize vulnerabilities and are exposed to attacks
Cyber threats

The invisible flaw: How companies fail to prioritize vulnerabilities and are exposed to attacks

No cenário atual da segurança cibernética, muitas empresas investem significativamente em ferramentas e processos para proteger seus ativos digitais. No entanto, uma parcela considerável dessas organizações comete um erro crítico: priorizam incorretamente as vulnerabilidades, deixando brechas significativas expostas a potenciais ataques. De acordo com um relatório da Tenable, apenas 40% das empresas acreditam gerenciar efetivamente a priorização de vulnerabilidades, enquanto o restante enfrenta desafios nesse processo.Essa falha invisível na priorização pode transformar vulnerabilidades aparentemente insignificantes em portas de entrada para cibercriminosos, resultando em consequências devastadoras.  Como, então, as empresas podem assegurar que estão focando nas vulnerabilidades certas? É exatamente sobre esses pontos que iremos explorar ao longo desse artigo. O que significa priorizar vulnerabilidades? O que são vulnerabilidades e como surgem? A maioria dos ambientes corporativos lida diariamente com um grande volume de vulnerabilidades em seus sistemas. Vulnerabilidades são falhas ou fraquezas em softwares, redes ou dispositivos que podem ser exploradas para comprometer a segurança da informação. Elas surgem devido a diversos fatores, como erros de configuração, falhas de código e dependências de terceiros desatualizadas. Nem toda vulnerabilidade representa o mesmo risco No entanto, nem todas as vulnerabilidades representam o mesmo nível de risco. Algumas falhas são críticas e podem ser exploradas imediatamente por hackers, resultando em vazamentos de dados, sequestro de informações via ransomware ou até a paralisação de serviços essenciais. Outras, apesar de tecnicamente serem vulnerabilidades, não possuem um potencial realista de exploração, tornando-se menos prioritárias para uma correção imediata. O erro de priorizar quantidade em vez de risco real Empresas frequentemente caem no erro de priorizar a quantidade de vulnerabilidades corrigidas, em vez de focar no risco real que elas representam. Essa abordagem pode gerar um falso senso de segurança, pois resolver um grande número de falhas não significa necessariamente que os riscos mais críticos foram mitigados. Segundo um relatório da Tenable (2024), cerca de 60% das empresas falham na priorização correta das vulnerabilidades, o que as deixa expostas a ataques mesmo após processos de correção. Além disso, outro erro comum é confiar exclusivamente na pontuação CVSS para definir a criticidade de uma vulnerabilidade. De acordo com a Tenable, essa abordagem pode ser falha, pois a classificação CVSS não considera o contexto específico de cada organização. Uma vulnerabilidade pode ter um score alto no CVSS, mas ser pouco explorável no ambiente real da empresa, enquanto outra com pontuação menor pode representar um risco muito maior, dependendo da infraestrutura e exposição do sistema. A solução para esse problema envolve um modelo de priorização contextual, que leva em conta fatores como acessibilidade da vulnerabilidade, impacto potencial no negócio e probabilidade de exploração por atacantes, garantindo que os esforços sejam concentrados nas falhas que realmente apresentam maior perigo. A análise de acessibilidade como solução estratégica Uma abordagem mais eficaz para a priorização de vulnerabilidades envolve a análise de acessibilidade. Essa metodologia busca identificar quais falhas são realmente exploráveis no ambiente específico da empresa, garantindo que a equipe de segurança foque na mitigação dos riscos mais relevantes. Por exemplo, um vazamento de credenciais em um banco de dados exposto à internet representa um risco muito maior do que uma falha em um serviço interno sem conexão externa. Priorizar corretamente as vulnerabilidades significa entender o impacto potencial de cada falha dentro da realidade da empresa e agir de forma estratégica para mitigar os riscos mais urgentes primeiro. O erro mais comum: Empresas corrigem as vulnerabilidades erradas Foco excessivo no volume: um problema recorrente Muitas organizações acreditam que estão fortalecendo sua segurança ao corrigir o maior número possível de vulnerabilidades. No entanto, essa abordagem pode ser um erro fatal, pois nem toda vulnerabilidade corrigida realmente reduz o risco cibernético da empresa. O primeiro erro comum é o foco excessivo no volume. Empresas que adotam essa mentalidade priorizam corrigir falhas menos relevantes simplesmente para reduzir números em relatórios internos ou atender a requisitos regulatórios, enquanto vulnerabilidades críticas permanecem abertas. De acordo com um estudo da Tenable (2024), 60% das empresas falham na priorização correta das vulnerabilidades, expondo-se a riscos significativos. O impacto da falta de contexto de risco Esse problema se agrava com a falta de contexto de risco. Uma falha que pode ser insignificante para um e-commerce, por exemplo, pode ser devastadora para um banco que lida com dados altamente sensíveis. Apenas 3% das vulnerabilidades frequentemente resultam em riscos significativos, segundo pesquisas recentes, o que reforça a necessidade de uma avaliação criteriosa antes de qualquer correção. Outro erro estratégico frequente é priorizar falhas “fáceis” de corrigir apenas para cumprir exigências de compliance. Muitas empresas implementam patches superficiais para atender auditorias, mas deixam de lado vulnerabilidades críticas que representam riscos reais de invasão. Esse tipo de abordagem leva a um falso senso de segurança, deixando brechas exploráveis por cibercriminosos. A importância da automação na gestão de vulnerabilidades A falta de automação na gestão de vulnerabilidades é um fator que contribui para essa falha estratégica. Sem o suporte de ferramentas inteligentes, as equipes de segurança acabam sobrecarregadas, tomando decisões baseadas em urgência e não em impacto real. Processos manuais dificultam a identificação e priorização das vulnerabilidades mais críticas, tornando a organização um alvo mais vulnerável a ataques. Para evitar esse erro, as empresas devem adotar uma abordagem baseada em risco, e não apenas no volume de falhas corrigidas. A implementação de tecnologias automatizadas, aliadas a uma análise contextual das vulnerabilidades, permite que as organizações foquem na mitigação dos riscos mais urgentes e evitem desperdício de tempo e recursos com correções ineficazes. Como os cibercriminosos exploram essa falha invisível? Hackers exploram falhas negligenciadas pelas empresas Hackers e grupos cibercriminosos monitoram constantemente as práticas de segurança das empresas, buscando falhas que tenham sido negligenciadas. Eles sabem que muitas organizações corrigem vulnerabilidades sem um critério claro e exploram justamente as falhas que não receberam a devida atenção. Ataques automatizados: varrendo redes em busca de brechas Os criminosos utilizam ataques automatizados para varrer redes corporativas em busca de brechas não corrigidas. Se uma vulnerabilidade conhecida ainda estiver ativa, eles conseguem explorá-la rapidamente, antes que a empresa perceba o

Why are privileged credentials the greatest vulnerability of modern companies?
Cyber Threats, Information Security and Privacy

Why are privileged credentials the greatest vulnerability of modern companies?

A segurança digital nunca foi tão desafiadora. Com ataques cibernéticos se tornando mais sofisticados, uma realidade se destaca: credenciais privilegiadas são o alvo número um dos hackers. Segundo um relatório da Verizon Data Breach Investigations Report (2024), 74% das violações de dados envolveram credenciais comprometidas, tornando esse um dos principais vetores de ataque contra empresas. De ransomware a espionagem corporativa, o acesso indevido a credenciais privilegiadas pode levar a perdas financeiras, vazamento de informações estratégicas e até paralisação completa de operações. Mas o que torna essas credenciais tão vulneráveis? E mais importante: como protegê-las? O que são credenciais privilegiadas e por que são alvo de ataques? No ambiente corporativo, diferentes níveis de acesso são atribuídos aos usuários, dependendo de suas funções e responsabilidades. Enquanto a maioria dos funcionários possui permissões limitadas, como acesso a e-mails ou documentos específicos, as credenciais privilegiadas oferecem permissões ampliadas, permitindo que determinados usuários acessem e controlem sistemas críticos, servidores, bancos de dados e aplicações sensíveis. Essas credenciais são geralmente atribuídas a administradores de sistemas, equipes de TI, desenvolvedores e, em alguns casos, a fornecedores terceirizados que necessitam gerenciar ou manter partes essenciais da infraestrutura de TI. Devido ao alto nível de acesso que proporcionam, essas contas se tornam alvos atrativos para cibercriminosos. A exploração de credenciais privilegiadas pode resultar em: A vulnerabilidade dessas credenciais pode ser atribuída a vários fatores, incluindo: Estudos indicam que uma parcela significativa das violações de dados está relacionada ao uso indevido ou comprometimento de credenciais privilegiadas. Por exemplo, o “2024 Data Breach Investigations Report” da Verizon analisou 10.626 violações confirmadas de dados, destacando a prevalência de incidentes envolvendo credenciais comprometidas. Dado o potencial impacto negativo que o comprometimento dessas credenciais pode causar, é imperativo que as organizações implementem medidas robustas de segurança. Isso inclui a adoção de políticas rigorosas de gerenciamento de acesso, autenticação multifator (MFA) e monitoramento contínuo de atividades suspeitas relacionadas a contas privilegiadas. Além disso, soluções especializadas, como as oferecidas pela CyberArk, podem auxiliar na proteção e gerenciamento eficaz dessas credenciais, minimizando os riscos associados. Como credenciais privilegiadas são comprometidas? As credenciais privilegiadas são alvos valiosos para cibercriminosos devido ao amplo acesso que proporcionam a sistemas críticos e dados sensíveis. Diversas técnicas são empregadas para comprometer essas credenciais, incluindo: Phishing direcionado (Spear Phishing) Cibercriminosos enviam e-mails personalizados que aparentam ser de fontes confiáveis, induzindo o destinatário a fornecer suas credenciais ou clicar em links maliciosos. Esses ataques são altamente eficazes, pois exploram a confiança e a falta de atenção dos usuários. Ataques de força bruta e password spraying Nessa abordagem, os invasores tentam inúmeras combinações de senhas até encontrar a correta. O uso de senhas fracas ou comuns facilita esse tipo de ataque. Além disso, o “password spraying” envolve a tentativa de senhas comuns em várias contas, explorando a reutilização de senhas pelos usuários. Keylogging e malware Programas maliciosos, como keyloggers, registram as teclas digitadas pelo usuário, capturando informações sensíveis, incluindo credenciais de acesso. Esses malwares podem ser instalados através de downloads infectados ou sites comprometidos. Exploração de vulnerabilidades em sistemas Falhas de segurança em softwares ou sistemas operacionais podem ser exploradas para obter acesso não autorizado. Uma vez dentro do sistema, o invasor pode escalar privilégios e comprometer credenciais adicionais. Vazamento de dados e reutilização de senhas Dados obtidos em violações anteriores podem ser utilizados para acessar outras plataformas, especialmente se os usuários reutilizarem senhas. Essa prática amplia o impacto de um único vazamento, permitindo acessos não autorizados em múltiplos sistemas. A exploração bem-sucedida dessas técnicas pode resultar em acesso irrestrito a sistemas críticos, roubo de informações confidenciais e danos significativos à reputação e às operações da organização. Portanto, é essencial que as empresas implementem medidas de segurança robustas, como autenticação multifator, políticas rigorosas de gerenciamento de senhas e monitoramento contínuo de atividades suspeitas, para proteger suas credenciais privilegiadas. O impacto das credenciais comprometidas A comprometimento de credenciais privilegiadas representa uma ameaça significativa para as organizações, resultando em impactos financeiros, operacionais e reputacionais. Quando invasores obtêm acesso não autorizado a contas privilegiadas, eles podem controlar sistemas críticos, exfiltrar dados sensíveis e interromper operações essenciais. Impactos financeiros Impactos operacionais Impactos reputacionais Além disso, a espionagem cibernética é uma preocupação crescente, onde agentes mal-intencionados obtêm acesso a informações sensíveis para obter vantagens estratégicas, políticas ou econômicas. Dada a gravidade desses impactos, é imperativo que as organizações implementem medidas robustas de segurança para proteger credenciais privilegiadas. Isso inclui a adoção de soluções de Gerenciamento de Acesso Privilegiado (PAM), autenticação multifator (MFA) e monitoramento contínuo de atividades suspeitas. A implementação dessas práticas pode mitigar significativamente os riscos associados ao comprometimento de credenciais e fortalecer a postura de segurança da organização. Estratégias para proteger credenciais privilegiadas A proteção de credenciais privilegiadas é essencial para garantir a segurança das informações e a continuidade dos negócios. Implementar estratégias robustas pode mitigar riscos associados ao acesso não autorizado. A seguir, destacam-se algumas práticas recomendadas: Implementação de uma solução de gerenciamento de acesso privilegiado (PAM) Soluções de PAM, como as oferecidas pela CyberArk, fornecem uma plataforma centralizada para gerenciar e monitorar contas privilegiadas. Essas ferramentas permitem a descoberta, gerenciamento e monitoramento de contas privilegiadas em toda a infraestrutura de TI da organização, garantindo que apenas usuários autorizados tenham acesso a sistemas críticos. Aplicação do princípio do menor privilégio Restringir o acesso dos usuários apenas aos recursos necessários para o desempenho de suas funções minimiza os riscos de exposição. A CyberArk oferece soluções que permitem a implementação desse princípio, garantindo que os privilégios sejam concedidos de forma controlada e temporária. Autenticação multifator (MFA) A exigência de múltiplas formas de verificação para acessos privilegiados adiciona camadas extras de segurança. A integração de MFA nas soluções da CyberArk fortalece a proteção contra acessos não autorizados. Monitoramento e auditoria contínuos A supervisão constante das atividades relacionadas a contas privilegiadas é vital para detectar e responder a comportamentos suspeitos. Ferramentas como o Privileged Session Manager da CyberArk permitem isolar, monitorar e controlar acessos privilegiados aos ativos da empresa, fornecendo registros detalhados para auditoria. Rotação regular de senhas e gestão

Cybercriminals are using AI for hyper-personalized attacks - What you need to know
Cyber threats

Cybercriminals are using AI for hyper-personalized attacks - What you need to know

A Inteligência Artificial (IA) está sendo cada vez mais explorada por cibercriminosos para tornar ataques digitais mais sofisticados e difíceis de detectar. Um estudo recente da Forrester Research, publicado em janeiro de 2025, revelou que técnicas de IA estão sendo aplicadas para automatizar fraudes, permitindo que golpes como phishing e deepfakes se tornem altamente personalizados e convincentes. O relatório aponta que ataques cibernéticos baseados em IA cresceram 60% no último ano, e que fraudes impulsionadas por deepfakes já representam uma ameaça significativa para empresas de diversos setores. Neste artigo, vamos explorar como os cibercriminosos estão utilizando IA para criar ataques hiper-personalizados, desde phishing altamente adaptável até deepfakes realistas usados para fraudes financeiras e espionagem corporativa. Também analisaremos casos reais, os principais desafios que as empresas enfrentam para detectar esses golpes e as tendências para os próximos anos. A evolução das ameaças digitais com IA Com o avanço da IA, os ataques cibernéticos estão se tornando mais sofisticados e direcionados. Algumas das principais mudanças que esse cenário trouxe incluem: De acordo com um relatório da CyberArk, 82% dos golpes financeiros em 2024 envolveram deepfakes ou phishing impulsionado por IA. Além disso, ataques cibernéticos baseados em IA cresceram 60% no último ano, segundo o Darktrace Cybersecurity Report. Esse cenário exige que empresas e usuários estejam atentos às novas ameaças, entendendo como esses ataques funcionam e quais são os riscos reais. Como cibercriminosos estão usando IA para criar ataques hiper-personalizados O uso da Inteligência Artificial no cibercrime tem permitido que ataques sejam mais sofisticados e difíceis de detectar. Antes, fraudes digitais como phishing e engenharia social seguiam padrões mais previsíveis, mas agora, a IA permite que os ataques sejam adaptáveis, personalizados e muito mais eficazes. Em vez de envios massivos de e-mails genéricos, criminosos utilizam IA para coletar informações específicas sobre suas vítimas, explorando redes sociais, dados vazados e padrões de comportamento digital para criar golpes altamente convincentes. Phishing avançado e automatizado Deepfakes para fraudes financeiras e espionagem Automação de ataques e engenharia social avançada Essas novas táticas demonstram como a IA está mudando o cenário dos ataques cibernéticos, tornando as fraudes cada vez mais personalizadas e difíceis de identificar. Por que empresas ainda não estão preparadas para esse tipo de ataque? Embora ataques cibernéticos impulsionados por IA estejam se tornando mais sofisticados, muitas empresas ainda não possuem estratégias eficazes para se proteger dessas ameaças. O problema não está apenas na falta de ferramentas de defesa, mas também na dificuldade em reconhecer a gravidade dessas novas táticas criminosas. Um dos principais desafios é que os ataques hiper-personalizados são projetados para parecerem legítimos, tornando-se extremamente difíceis de detectar. Enquanto métodos tradicionais de segurança focam em padrões conhecidos de ameaças, golpes criados por IA são dinâmicos e ajustam sua abordagem em tempo real, dificultando a resposta das empresas. Falta de conscientização e preparo das empresas A falta de treinamento adequado ainda é um dos fatores que contribuem para essa vulnerabilidade. Muitas organizações ainda tratam phishing e engenharia social como ameaças comuns, sem perceber que esses ataques evoluíram significativamente com o uso de IA. Segundo um relatório da Cyber Readiness Institute (2024), 70% das empresas não possuem treinamentos voltados para reconhecer fraudes geradas por IA, o que significa que muitos funcionários não estão preparados para identificar golpes hiper-personalizados. Esse problema se agrava especialmente em setores financeiros e jurídicos, onde decisões rápidas e transações de alto valor são frequentes. Empresas que lidam com informações sensíveis são alvos preferenciais para criminosos que utilizam IA para criar fraudes convincentes, explorando a falta de conhecimento técnico dos funcionários. Deepfakes e manipulações avançadas são difíceis de detectar Outro ponto crítico é a dificuldade em identificar deepfakes e outras manipulações avançadas. A maioria das ferramentas de segurança tradicionais não foi projetada para detectar deepfakes de áudio e vídeo, tornando esses ataques ainda mais perigosos. Sistemas de verificação biométrica já foram enganados por deepfakes realistas, permitindo acessos fraudulentos a contas bancárias e redes corporativas. Além disso, empresas que dependem de reuniões virtuais para tomada de decisão podem ser alvos fáceis para ataques em que cibercriminosos utilizam IA para falsificar identidades em videochamadas. Em 2024, um caso chamou atenção quando criminosos usaram um deepfake de vídeo para enganar funcionários de uma empresa de tecnologia, convencendo-os a liberar acesso a dados internos. (Fonte: Sensity AI, 2024). As ameaças evoluem mais rápido do que as defesas A rápida evolução das ameaças também impede que muitas empresas consigam reagir a tempo. Modelos de IA generativa estão se tornando mais acessíveis, permitindo que até criminosos sem conhecimento técnico avançado criem golpes sofisticados com pouca dificuldade. Além disso, muitas empresas ainda adotam uma abordagem reativa, e não preventiva, reforçando a segurança apenas após sofrerem um ataque bem-sucedido. Essa mentalidade coloca organizações em uma posição vulnerável, já que ataques baseados em IA tendem a ser altamente eficazes na primeira tentativa. Segundo um relatório da IBM X-Force (2024), 80% dos ataques baseados em IA não foram detectados por ferramentas tradicionais de segurança, provando que algumas das soluções atuais ainda são ineficazes contra essas ameaças, é importante reforçar que, por exemplo, empresas de cibersegurança como a Asper já possuem soluções que ajudam a evitar ataques hiper-personalizados com IA. Sem uma adaptação rápida às novas táticas de ataque, empresas continuarão vulneráveis a golpes cada vez mais convincentes, sofisticados e automatizados. Para enfrentar esse cenário, é fundamental que organizações reconheçam a gravidade do problema e busquem maneiras de fortalecer seus processos de segurança antes que essas ameaças causem danos irreversíveis. O futuro do cibercrime com IA: Como evitar cair nesses ataques? A evolução da Inteligência Artificial não se limita apenas ao aprimoramento dos ataques cibernéticos – ela também pode ser usada para fortalecer a segurança digital. No entanto, muitas empresas ainda não estão preparadas para enfrentar essa nova realidade. Com criminosos explorando IA para criar fraudes cada vez mais convincentes, a tendência é que os golpes continuem evoluindo, exigindo que as empresas repensem suas estratégias de proteção. Soluções tradicionais já não são suficientes para mitigar essas ameaças, tornando essencial a adoção de abordagens

Cyber Threats, Information Security and Privacy

Social Engineering - The weakest link in cybersecurity

Na era digital, onde tecnologias de segurança evoluem continuamente para proteger dados e sistemas, os cibercriminosos encontraram um caminho mais fácil: explorar o comportamento humano. A engenharia social, uma prática que manipula indivíduos para obter acesso não autorizado ou informações confidenciais, tornou-se a principal ameaça à cibersegurança. De e-mails fraudulentos a cenários fictícios sofisticados, esses ataques têm em comum a exploração da confiança e da distração das vítimas. Neste artigo, exploraremos as nuances da engenharia social, seus impactos e as melhores práticas para mitigação. O que é engenharia social? A engenharia social é uma abordagem baseada na manipulação psicológica, usada por criminosos para enganar pessoas, convencendo-as a executar ações ou revelar informações sensíveis. Em vez de atacar falhas técnicas, os criminosos exploram as vulnerabilidades humanas.  Principais características da engenharia social: As principais técnicas utilizadas Por que ataques usando engenharia social são tão efetivos? A engenharia social explora gatilhos emocionais e padrões de comportamento humano, como confiança excessiva, medo e senso de urgência. Esses ataques dependem mais do comportamento humano do que de ferramentas tecnológicas, tornando sua prevenção um desafio contínuo. Por que a engenharia social é o maior risco na cibersegurança? O maior ponto fraco em qualquer sistema de segurança é o fator humano. Por mais avançadas que sejam as tecnologias de proteção, elas não conseguem evitar falhas causadas por escolhas humanas equivocadas, como clicar em links maliciosos ou fornecer informações a pessoas não autorizadas.  Ataques baseados em engenharia social não dependem de explorar vulnerabilidades técnicas, mas sim de manipular comportamentos, o que os torna extremamente eficazes e difíceis de prevenir.  Impactos em números: Além disso, as técnicas de engenharia social estão em constante evolução, acompanhando o avanço das tecnologias e as mudanças nos hábitos das pessoas. Golpistas são rápidos em adaptar seus métodos, utilizando ferramentas como inteligência artificial para criar mensagens mais convincentes e personalizadas. Exemplos reais de violação: A engenharia social é considerada o maior risco na cibersegurança: ela transforma o usuário final, muitas vezes desatento ou despreparado, na porta de entrada para ataques que podem comprometer dados sensíveis, causar prejuízos financeiros e prejudicar a reputação de empresas e indivíduos. Psicologia por trás dos golpes: Como criminosos manipulam suas vítimas A engenharia social se baseia na manipulação de emoções humanas como medo, ganância, curiosidade e urgência. Por exemplo, mensagens de phishing frequentemente criam um senso de pânico, alegando que uma conta será bloqueada ou que uma oportunidade única está prestes a expirar. Essa pressão emocional faz com que as vítimas ajam rapidamente, sem analisar a legitimidade da solicitação. Atacantes frequentemente se passam por figuras de autoridade, como gerentes, técnicos de TI ou representantes bancários, para aumentar a credibilidade do golpe. As pessoas tendem a confiar em figuras que representam instituições respeitáveis, mesmo sem verificar sua autenticidade. Essa confiança cega permite que os golpistas obtenham informações sensíveis ou acessem sistemas protegidos com facilidade. Muitos golpes se apoiam em técnicas que criam um ambiente de conforto ou familiaridade para a vítima. Repetir contatos, enviar mensagens consistentes ou até imitar padrões de comunicação de uma pessoa conhecida são formas de conquistar a confiança da vítima. Essa técnica é usada especialmente em ataques de spear phishing, onde o golpista personaliza suas abordagens com base em informações específicas sobre o alvo. Por que as pessoas caem? A combinação de estresse, distração e confiança nos sistemas pode levar a decisões automáticas e vulneráveis. Isso é agravado por mensagens personalizadas que utilizam dados públicos das redes sociais para tornar os ataques mais convincentes. Sinais de comprometimento: Como identificar ataques de engenharia social Identificar sinais precoces de que um sistema ou indivíduo pode ter sido alvo de engenharia social é crucial para minimizar danos. Atividades anômalas de conta Comportamentos inesperados de comunicação Sinais visíveis de phishing ou smishing Alterações em políticas ou autorizações A Importância do monitoramento proativo Implementar sistemas de detecção precoce pode ajudar a mitigar os danos. Isso inclui auditorias regulares, monitoramento de comportamento em rede e análises frequentes de segurança. Como prevenir ataques de engenharia social? A prevenção de ataques de engenharia social exige uma abordagem multidimensional que combine tecnologia, políticas internas e conscientização. Educação e treinamento O treinamento de colaboradores é uma das estratégias mais eficazes para prevenir ataques de engenharia social. Ensinar os funcionários a reconhecer técnicas como phishing, vishing e smishing é essencial para reduzir vulnerabilidades humanas. Simulações de ataques, como e-mails de phishing falsos, ajudam a identificar fraquezas e corrigir comportamentos arriscados.  Fortalecimento de senhas A autenticação multifator (MFA) é uma ferramenta indispensável na proteção contra ataques de engenharia social. Com ela, mesmo que um cibercriminoso obtenha uma senha, não conseguirá acessar a conta sem a segunda forma de verificação, como um código de autenticação. Além disso, incentivar o uso de senhas fortes e exclusivas para cada sistema e a troca regular dessas senhas também contribui para dificultar o acesso de atacantes. Boas práticas de comunicação Incentivar os colaboradores a verificarem a identidade de solicitantes antes de fornecerem informações sensíveis é crucial. Evitar clicar em links ou baixar anexos suspeitos e nunca ceder à pressão emocional de mensagens que criam um senso de urgência são práticas recomendadas. Usar ferramentas de segurança que examinam URLs e anexos pode ajudar a identificar conteúdos maliciosos. Reforçar a calma e a cautela na análise de mensagens contribui para decisões mais seguras. Segurança de sistemas Manter sistemas e softwares atualizados é uma medida simples, mas poderosa, para evitar que vulnerabilidades sejam exploradas. Além disso, restringir o acesso a dados e sistemas críticos apenas a pessoas autorizadas, com base no princípio de privilégios mínimos, ajuda a limitar os danos caso ocorra um comprometimento. Monitorar atividades e acessos de contas sensíveis pode ajudar a identificar comportamentos anômalos antes que se tornem um problema maior. Monitoramento pós-Incidente Adotar soluções de segurança que utilizam inteligência artificial e análise comportamental para detectar atividades suspeitas em tempo real é uma estratégia importante. Ter um plano de resposta a incidentes preparado, com processos claros para identificar e conter ataques, minimiza os danos em caso de comprometimento. Campanhas contínuas de conscientização